sábado, 27 de dezembro de 2014

Sequestradores de conversa.

Não me excluo do comportamento que descreverei a seguir, mas isso não me impede de refletir sobre ele.

Gosto de ouvir e ser ouvida, gosto demais. Não gosto de sequestradores.

Os sequestradores de conversa não estão nem te ouvindo e nem falando em primeira pessoa de si.
Escolhi o termo sequestro pois é exatamente isso que fazem, pegam a sua fala, da sua experiência e supõe algum sentimento/ação por trás do que você disse, afirmando diretamente ou indiretamente que você sente-se de tal modo. Geralmente esse sentimento ou ação pertencem ao próprio sequestrador, é bem comum também o sequestrador ter certa necessidade de controle sobre o outro.
Não há questões, só verdades e suposições.

Imagino que a pessoa o faça por acreditar que há identificação entre o que você está contando  e o que ela sente, assim passa a comparar-se, e acreditar que existe um paralelo entre o que você conta e a historia de vida da pessoa. Não fazem perguntas, já tem respostas prontas mesmo sem intimidade. Esquecem, ou talvez nem saibam, das diferenças que fazem cada indivíduo único em sua história.

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