segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Critica a razão construída através do conhecimento.

Título pomposo este, não? Mas apesar disto não se influencie, este não prova que sei das coisas. Aliás, eu mesma o questiono; por ser incerto é uma afronta.

Tolo aquele que acredita que tudo o que adquiriu lendo é a verdade e esta é sua. Prefiro verdades inventadas baseadas no meu restrito mundo a comprar verdades que não foram racionalizadas por mim. Gosto de quem inventa teorias pessoais, baseadas em observações únicas, gente que como eu vive o presente.

Sim, você pode ler um livro e a partir deste criar, mas se não houver esse momento entre a leitura e absorção, você apenas tem boa memória. Os melhores pensamentos são construídos por perguntas, afinal você acredita mesmo que existe uma verdade só?
A verdade não existe, por ser construída através de projeções pessoais e estas serem diversas e únicas, por que se preocupar tanto com esta? Por que não posso inventar as minhas?

Então o sujeito lê isto tudo e diz “ Está tudo errado, pois Nietzsche que...” Nietzsche disse e você? O que você acredita? O que você construiu sozinho?

11/10/2010

A madeira do armário está fria, a sinto daqui, também percebo o espaço exato do meu quarto e as quinas dos quatro cantos que o compõe, respiro e toda essa percepção externa reflete dentro de mim, sinto o cheiro da madeira e meus ouvidos mais aguçados ouvem a rua, os dias de feriado são assim, muita gente saiu da cidade e quem ficou acalmou a mente.

Posso sentir tudo, meu cérebro não se prende mais a certos assuntos e isso me traz aos espaços reais, estava presa a abstrações de realidade, simplificando: problemas; não os resolvi, mas pelo menos hoje com todo o ócio desapeguei sem pretensão de abraçá-los tão cedo.

Notei o mundo;  de todos os elementos inanimados da casa os mais vivos são as madeiras, posso senti-las sem toca-las, posso imaginar também como é sentir o concreto, as paredes não contam tantas histórias como essas madeiras. O está céu nublado cinza com um toque de azul cobalto, lembrei do mar.

11/10/2010 – Um dia inanimado, cinza, frio e com uma característica peculiar, silencioso.

Estou tão gelada quanto o dia, o calor do corpo nunca consegue aquecer minhas mãos de dedos longos. Psiquicamente completa, seja lá o que isso quer dizer.