sábado, 27 de dezembro de 2014

Sequestradores de conversa.

Não me excluo do comportamento que descreverei a seguir, mas isso não me impede de refletir sobre ele.

Gosto de ouvir e ser ouvida, gosto demais. Não gosto de sequestradores.

Os sequestradores de conversa não estão nem te ouvindo e nem falando em primeira pessoa de si.
Escolhi o termo sequestro pois é exatamente isso que fazem, pegam a sua fala, da sua experiência e supõe algum sentimento/ação por trás do que você disse, afirmando diretamente ou indiretamente que você sente-se de tal modo. Geralmente esse sentimento ou ação pertencem ao próprio sequestrador, é bem comum também o sequestrador ter certa necessidade de controle sobre o outro.
Não há questões, só verdades e suposições.

Imagino que a pessoa o faça por acreditar que há identificação entre o que você está contando  e o que ela sente, assim passa a comparar-se, e acreditar que existe um paralelo entre o que você conta e a historia de vida da pessoa. Não fazem perguntas, já tem respostas prontas mesmo sem intimidade. Esquecem, ou talvez nem saibam, das diferenças que fazem cada indivíduo único em sua história.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cameron Diaz faz campanha pelos pelos. Caem os acentos mas não caem os pelos!
A marca American Apparel, que já deu mancadas feias com o público plus size, cria vitrine com manequins com pelos pubianos vastos.

Esses são alguns pontos do excelente artigo do Guardião (tradução livre)

Agora minha opinião, sobre meus pelos: não tenho nenhuma vontade de falar o que faço ou não com eles, sabe o porquê? Pelo mesmo princípio que o corpo do outro não é meu. Vou repetir porque é comum esquecermos, o corpo do outro não é meu.
Então não vejo porque justificar sobre a falta ou a depilação do meu, não seu, corpo.

Se a pessoa se depila,apara ou cultiva, problema é dela! Livre arbítrio para todos!

Ouvi por aí, de bocas femininas que homens tem que se depilar. A pressão sobre a gente é uma barra, se você exige que os caras se depilem, aumenta mais a sensação de "obrigação" com a nossa depilação, que atualmente é quase completa por influência da indústria pornô.

Buscar liberdade é eliminar opressão, não contribuir.

Sobre higiene, se pelos são nojentos, devíamos raspar o cabelo.

Resumo tudo o que penso assim: mais segurança com o próprio corpo e menos possesividade com o do outro. 


Artigo do Guardião: http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/jan/19/year-of-the-bush-female-body-hair-cameron-diaz-pubic