E aí que sou uma vulnerável e não é nem o tipo de coisa que
preciso dizer, os olhos dizem muito, sabe, igual esse vídeo da Tracy, ela diz
tanto com os olhos, transparentes, falantes, pensantes, ela olha para o público
parece pensar neles, na apresentação, depois ela olha pra dentro dela, no que
está dizendo, parece refletir e reflete em brilho pra gente, sem máscara. Não me canso de assistir, é apaixonante.
A coisa mais linda que quero ver no outro é isso, esquece
a fala, todo o discurso, os artifícios, esquece a roupa, esquece tudo, fica só a essência,
essa tal de vulnerabilidade.
E aí, relaciono a necessidade de criar um poema, um vídeo,
uma foto, um desenho com esse papo. Criar é uma dúvida que não busca resposta,
vejo o artista como um vulnerável, por necessidade.
Mas e cabe? Não, não cabe. Admirável, em um conceito
generalizado, é ser forte, sem dor, sem fraqueza. Ser vulnerável é se bobo, o
perdedor.
Eu não caibo e nem
quero caber.
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