terça-feira, 8 de setembro de 2009

Roxo que não é Rojo.


Por dentro é colorido, tons alegres e doces. Mas a película de fora possui um certo tom de roxo. Nem lilás, nem violeta. Simples roxo.

A expressão da elegância e também da arrogância.

Roxo que significa força para esconder as fraquezas.

É o escudo, a película, a capa protetora. Necessária.

O recheio é sempre doce depois que se morde a casca amarga.
Sinto nisso o melhor sabor do mundo. É como a textura do cacau, o macio do marshmallow e o gosto da delicadeza.

Entender não é necessário. Não existe entendimento, nem tudo tem resposta, às vezes os padrões não existem.

Isso é um desafio aos limites e a tudo que foi imposto. Um desafio a lógica e a razão.
É puro, límpido , verdadeiro.

Ocupar o espaço além de mim, exceder fronteiras.
Ir além do que já vi.

Construir como verdade o que imaginei , mas nunca vivi.

"Alice no país das maravilhas" , "A Metamorfose" de Kafka e o Anticristo de Lars Von Trier. Enredos distintos, mas com uma sedutora semelhança: fuga dos padrões.

Termino o texto pela metade como sempre e dizendo : "Frases desconexas sempre têm o seu significado." Não que isso tenha haver com o que escrevi até agora, ou queira dizer algo.

Desconstruir para construir.

Ilustração: Paola P.